Na maioria das vezes, é o próprio usuário que ativa um vírus ou um spam
Na maioria das vezes, é o próprio usuário que ativa um vírus ou um spam
É sempre assim. Não importa quão boa seja uma nova tecnologia, alguém sempre vai usá-la para o mal. Foi assim com o avião, inventado por Santos Dumont, em 1906, para realizar o sonho do homem de voar, e oito anos depois, usado como arma na Primeira Guerra Mundial.
A internet e os computadores não fogem a regra. Ambos foram criados para facilitar a vida do homem, mas são usados diariamente por pessoas mal intencionadas para obter informações sigilosas de usuários, como senhas e números de cartão de crédito.
Para proteger o seu computador de tentativas de invasão através da Internet, o MSN Tecnologia conversou com o investigador da Polícia Civil de São Paulo Marcos Tupinambá, especialista em segurança da informação.
Segundo ele, o usuário não precisa fazer nada fantástico para se proteger de hackers e demais ameaças, basta cuidar do computador como se estivesse cuidando do carro. “Se os componentes do carro forem revisados com frequência, não há motivos para se preocupar. Com o computador é a mesma coisa, se tomarmos as precauções básicas, não há riscos”, afirmou.
As principais dicas apontadas pelo investigador para que o usuário doméstico não sofra prejuízos financeiros e morais por meio da internet são:
- Use um sistema operacional original e atualizado - Use um bom antivírus e o atualize diariamente - Proteja sua rede sem fio com senhas - Não clique em links desconhecidos - Não abra anexos de pessoas que não conheça - Evite colocar o pendrive em computadores estranhos
Para Tupinambá, os cuidados acima são o suficiente para proteger qualquer usuário doméstico porque, diferente das empresas em que dados e informações confidencias são alvo de atividades criminosas, pessoas físicas raramente são atacados deliberadamente por alguém. Na maioria das vezes, é o próprio usuário que ativa um vírus ou um spam.
“Na invasão domestica, geralmente a porta de entrada é o próprio usuário que, por distração, acaba clicando em links de origem desconhecida e abrindo anexos que podem ser perigosos. O ideal é sempre prestar atenção no que se clica”, aconselhou.
O usuário pode se considerar invadido quando tiver os domínios de sua máquina expostos para terceiros, o que implica na quebra dos pilares básicos da segurança da informação, constituídos por integridade, confidencialidade e disponibilidade.
“A segurança da informação é garantir três pilares básicos ao usuário: que as informações devam estar armazenadas do jeito que elas foram reproduzias, que sejam confidenciais para quem não deve ter acesso, e que devam estar disponíveis para quem deve ter acesso. Se o usuário domestico achar que sofreu uma violação de qualquer um dos três pilares, ele deve procurar a policia civil ou federal”, concluiu o investigador.