segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

FÁBULA PETISTA.


Uma fábula alcoólica
 Era uma vez, um país que disse ter conquistado a independência
energética com o uso do álcool feito a partir da cana de açúcar.

Seu presidente falou ao mundo todo sobre a sua conquista e foi
muito aplaudido por todos. Na época,este país lendário começou
a exportar álcool até para outros países mais desenvolvidos.

Alguns anos se passaram e este mesmo país assombrou novamen-
te o mundo quando anunciou que tinha tanto petróleo que seria
um dos maiores produtores do mundo e seu futuro como expor-
tador estava garantido.

A cada discurso de seu presidente,os aplausos eram tantos que
confundiram a capacidade de pensar de seu povo. O tempo foi
passando e o mundo colocou algumas barreiras para evitar que
o grande produtor invadisse seu mercado. Ao mesmo tempo ado-
taram uma política de comprar as usinas do lendário país para
serem os donos do negócio.

Em 2011, o fabuloso país grande produtor de combustíveis ape-
sar dos alardes publicitários e dos discursos inflamados de seus
governantes, começou a importar álcool e gasolina.

Primeiro começou com o álcool, e já importou mais de 400 mi-
lhões de litros e deve trazer de fora neste ano 2012 um reco-
rde de 1,5 bilhão de litros, segundo o presidente de sua maior
empresa do setor, chamada Petrobras Bio-combustíveis.

Como o álcool do exterior é inferior, um órgão chamado ANP
(Agência Nacional do Petróleo) mudou a especificação do álco-
ol, aumentando de 0,4% para 1,0% a quantidade da água, pa-
ra permitir a importação. Ao mesmo tempo, este país exporta
o álcool de boa qualidade a um preço mais baixo, para honrar
contratos firmados.

Como o álcool começou a ser matéria rara, foi mudada a quan-
tidade de álcool adicionada à gasolina,de 25% para 20%,o que
fez com que a grande empresa produtora de gasolina deste pa-
ís precisasse importar gasolina, para não faltar no mercado in-
terno. Da mesma forma, ela exporta gasolina mais barata e
compra mais cara, por força de contratos.

A fábula conta ainda que grandes empresas estrangeiras,como
a BP (British Petroleum), compraram no último ano várias gra-
ndes usinas produtoras de álcool neste país imaginário, como a
Companhia Nacional de Álcool e Açúcar,e já são donas de 25%
do setor. (SHELL-COSAN)

A verdade é que hoje este país exótico exporta o álcool e a ga-
solina a preços mais baixos um produto com 0,4% de água, impor-
ta a preços mais altos um produto inferior (1% de água), e seu
povo paga por estes produtos um dos mais altos preços do mundo.

Infelizmente esta fábula é real e o país onde estas coisas irre-
ais acontecem chama-se Brasil
-
Acresça-se a essa "fabula":

- sua companhia petrolífera estatal dá prejuízo - talvez a úni-
ca no mundo que apresenta prejuízo;
- o biodíesel de mamona não vingou; bilhões de estoque de ma-
mona foram jogados fora e quem atendeu aos apelos do governo para investir, perdeu o que investiu. Os investidores privados perderam e o governo (com nosso dinheiro) também perdeu.
- as usinas termelétricas destinadas a cobrir as necessidades
durante a estiagem não entraram em operação por falta de ma-
nutenção ou de combustível (O Globo 30/10/2012) e mesmo que uma parte delas entre em operação, vai provocar grande estrago nas industrias que, atendendo ao governo, passaram a usar o gás como energia, pois não haverá gás suficiente para todas elas.
- E um grande parque de geração eólica, que consumiu grandes investimentos, está parado porque o governo não fez a linha de transmissão... pode ser uma coisa dessa? Sim, no Brasil pode.

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