quarta-feira, 26 de junho de 2013

FINANCIAL TIMES NÃO ACREDITA NO PACTO DO DESGOVERNO DE DILMA.

‘FT’ corneta pactos de Dilma e sugere outra lista de reformas

25 de junho de 2013 | 19h40
Gustavo Santos Ferreira

Os pactos anunciados na segunda-feira, 24, pela presidente Dilma Rousseff para conter os protestos no Brasil foram recebidos com pleno descrédito pelo Financial Times.
Nesta terça-feira, 25, o jornal inglês demonstrou não apenas não crer na eficácia dos cinco planos. Além de criticá-los, propôs outros cinco que julga mais adequados.
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Dilma. Sem moral com a publicação
Primeiro, vamos às propostas do Planalto e à opinião do veículo sobre cada uma delas:
1. Manter a responsabilidade fiscal. “Isso já está deteriorado e é difícil entender como os governos vão manter a linha agora, com maior pressão por melhores serviços.”
2. Plebiscito sobre uma Assembleia Constituinte exclusiva para a reforma política. “Desnecessário. O Congresso poderia fazer a reforma política se realmente quisesse. A medida pode se perder no sistema político labiríntico do Brasil.”
3. Classificar a corrupção como crime hediondo: “É um começo, mas fará pouca diferença sem um bom sistema de funcionamento. No Brasil não faltam boas leis, é apenas uma questão de cumpri-las.”
4. Acelerar investimentos em hospitais e clínicas e importar médicos estrangeiros. “Num governo, não é isso o que chamamos de ‘apenas fazendo seu trabalho’? Ainda assim, melhor do que nada.”
5. Investir R$ 5o bilhões em transporte público. “Não temos já estabelecida no Brasil a questão de que não é a quantidade de dinheiro que importa para resolver um problema, mas, sim, o modo?”
Agora vai a “lista de desejos” oferecida pelo FT à presidente Dilma para melhorar o bem-estar social no Brasil:
1.Reduzir o gabinete de 39 ministros para somente 15. “Probabilidade de acontecer? Zero. Na política brasileira ninguém quer estar na oposição.”
2. Reformular a equipe econômica para ter planos ortodoxos. “Probabilidade de acontecer? Quase zero. Seria muito ruim para alguns interesses escusos. Poderia resultar numa rápida recessão às vésperas de um ano eleitoral.”
3. Forçar a saída do Congresso de políticos do PT condenados pelo Supremo no julgamento da ação penal 470. “Probabilidade de acontecer? Nas proximidades de zero. Dilma não pode se dar ao luxo de enfrentar o cerne do seu partido.”
4.Reformar a Justiça para acelerar julgamentos. “Probabilidade de acontecer? Perto de zero. O Congresso nunca aceitaria isso, muitos legisladores enfrentam processos.”
5. Reduzir a burocracia. “Probabilidade? Não vai acontecer – o Brasil está preso num labirinto.”
Como o leitor deve ter notado, se o pessimismo do FT é enorme, a probabilidade de suas sugestões serem levadas a serio por Dilma são ínfimas – ou “próximas de zero”, conforme repetiu e repetiu e repetiu e repetiu e repetiu cinco vezes o próprio jornal.
Mas deveriam mesmo ser consideradas essas sugestões? Qual lista é melhor para a população?
LEIA MAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO.

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