sábado, 13 de julho de 2013

PARABÉNS À MÉDICA VETERINÁRIA KARIN BOTTEON.

Pesquisadora implanta banco de sangue para gatos no Hospital Veterinário da USP

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DE SÃO PAULO
A veterinária Karin Botteon, 34, dedicou os quatro anos do seu mestrado na USP para implantar o primeiro banco de sangue para gatos do Brasil, no Hospital Veterinário da USP.
Até 2012, quando ela terminou a pesquisa para a implantação, já havia um banco de sangue para cães no Hospital Veterinário, mas não existia nenhum para felinos.
Isso porque a coleta e o armazenamento do sangue canino é mais simples: os cães podem ter o sangue tirado com o mesmo material usado para recolher sangue humano. Já os gatos precisam de um equipamento especial. "A agulha e a bolsa para a coleta precisam ser menores porque o gato é um animal muito pequeno", explica Karin.

Banco de Sangue Felino

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Divulgação
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Ragdoll, gatinho que foi doador para a implantação do banco da sangue
Como equipamento necessário não é fabricado no Brasil e a importação é muito complicada, Karin desenvolveu ela mesma bolsas menores e agulhas a partir de outros materiais facilmente encontrados por aqui.
No Brasil normalmente a transfusão é feita com seringas, sendo impossível armazenar o sangue e abrindo espaço para contaminação.
"Me incomodava de não existir um sistema completamente estéril no Brasil. Quando fiz estágio nos EUA, vi o sistema de lá e percebi que era possível fazer aqui", diz Karin.
Além da implantação do banco de sangue na USP, a pesquisa de Karin também possibilitou que uma empresa particular, a Pets and Life, desenvolvesse um banco de sangue de gatos próprio.
Mas, mesmo com o banco de sangue criado, ainda é difícil conseguir uma transfusão para os gatos doentes ou que sofreram acidentes. "Além dos donos não saberem que gatos podem doar, o sangue pode ser armazenado por pouco tempo. Para cães, existe uma lista de doares fixos, canis credenciados. É mais fácil manter um estoque", diz a veterinária.
Quem tiver um bichano saudável e quiser ajudar, pode entrar em contato com aFaculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP. O gato tem que ter ser dócil, ter no mínimo 4,5kg, entre 1 e 8 anos de idade, vacina e vermífugo em dia.
LEIA MAIS NA FOLHA DE SÃO PAULO.

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