quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

TURMA DO CHAPEU

Delatores da Lava-Jato desmentem acusação sobre Aécio recebendo da UTC


Uma matéria da Folha de São Paulo conta a história de um entregador de dinheiro de Alberto Youssef investigado na Lava-Jato que diz não ter levado, mas ter ouvido um diretor da UTC falar que levariam dinheiro para Aécio Neves. O valor, segundo a matéria, seria de 300 mil reais. Rocha, conhecido como Ceará, diz que conheceu Youssef em 2000 e, a partir de 2008, passou a fazer entregas a vários políticos. O próprio delator, que contou ter ouvido falar no nome de Aécio, também disse que não presenciou a entrega do dinheiro ao senador.
Nem Ricardo Pessoa, dono da UTC e também delator na Lava Jato, nem Santana mencionaram repasses a Aécio em seus depoimentos. A UTC, na própria matéria, já responde dizendo que a “a acusação não tem fundamento”.
Até aí, a história consiste em um entregador de dinheiro de Alberto Youssef dizendo que Aécio Neves recebeu propina da UTC.
  • A lista de políticos que recebeu propina da UTC, que consta da delação premiada do dono da empresa, Ricardo Pessoa, é pública e está disponível onlineO nome de Aécio Neves não consta da lista.
  • Nos registros de dinheiro enviado por Alberto Youssef também não consta o nome de Aécio Neves. Youssef conta que nunca enviou dinheiro para Aécio, apenas ouviu falar de seu nome na “Lista de Furnas”, considerada falsa já em 2006 no relatório da CPI dos Correios.
  • A UTC, na própria matéria da Folha, também negou enviar dinheiro a Aécio Neves.
  • A UTC não executou nenhuma obra vinculada ao Governo de Minas Gerais no período em que Aécio Neves governou o estado.
  • A única campanha de Aécio Neves que recebeu doação da UTC foi a de 2014, que recebeu R$ 4,5 milhões da UTC em doações declaradas à Justiça. A campanha de Dilma recebeu R$ 7,5 milhões.
O caso é muito parecido com um que ocorreu há um ano com o senador Antonio Anastasia, que seguiu a mesma lógica: um depoimento também de um entregador de dinheiro de Alberto Youssef, também publicado primeiro com exclusividade na Folha, também durante o recesso da justiça, e também negado pelos próprios donos do dinheiro. No caso de Anastasia, a acusação for arquivada e Anastasia inocentado.
Em nota, a assessoria de Aécio Neves disse se tratar de uma “absurda e irresponsável citação do nome do senador, sem nenhum tipo de comprovação”. E completa: “Em respeito ao país e ao importante trabalho que vem sendo desenvolvido pela Operação Lava Jato, é importante que sejam investigadas as verdadeiras motivações daqueles que misturam denúncias verdadeiras com afirmações nitidamente falsas, sem nenhum tipo de comprovação, desmentidas até mesmo pelas próprias pessoas citadas pelo denunciante, com o claro intuito de tumultuar as investigações”.
Esse tipo de “acusação” deveria deixar Aécio aliviado. Tanto procuram atacar o senador, em primeiro nas pesquisas presidenciais, e só encontram isso. Uma citação fraca que deve ser provada falsa bem antes de trazer prejuízo em qualquer eleição.
Inventa outra, PT!

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