Há mais de 70 anos que a fábrica da Arno está no bairro paulistano da Mooca, na avenida Arno, sendo uma das empresas mais tradicionais e que tem a marca entre as mais admiradas pelos brasileiros, só que a empresa não aguentou a crise e vai fechar suas portas. Serão mais de 2 mil trabalhadores demitidos e justamente em um momento em que o país atravessa uma das piores crises de sua história.
Serão mais de 2 mil famílias entrando em desespero, pois se tendo um emprego já está difícil viver nos dias de hoje, imagine só quando a renda da família é cortada. Certamente serão dias difíceis para estes profissionais demitidos, até que consigam voltar para o mercado de trabalho novamente, o que poderá demorar meses e até anos.
Arno informou que não é mais possível manter a fábrica que encontra-se na região central da capital e que precisa fazer algumas mudanças para cortar gastos e, assim, conseguir superar a crise. Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, não está acreditando nas desculpas dadas pela empresa e quer uma audiência com o governador e também com o prefeito para que todos possam se unir e encontrar uma alternativa: "Não podemos perder esses empregos", afirmou o sindicalista, tentando encontrar um caminho para garantir a renda destes trabalhadores.
fechamento da fábrica da Arno irá acontecer por fases, e as demissões, consequentemente, também serão feitas desta formas. Hoje, a empresa conta com duas outras fábricas, sendo uma em São Bernardo do Campo e a outra no Pernambuco, na cidade de Jaboatão dos Guararapes. Quanto a estas outras duas unidades, a Arno não informou se haverá ou não demissões.
Além das demissões diretas, o fechamento da fábrica da Arno, em São Paulo, traz preocupação para os trabalhadores terceirizados, e são muitos que perderão o emprego também.
A Arno vinha terceirizando serviços de várias empresas e, claro, elas terão que demitir boa parte dos funcionários, pois só conseguirão transferir alguns destes profissionais para outra empresa, pois as vagas estão escassas e o momento não é favorável a quem perde o emprego.