O ex-ministro dos governos Lula e Dilma,Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann, foi preso pela Polícia Federal, na operação Custo Brasil. Não chega a ser uma nova fase da Lava Jato, mas um dos desdobramentos dela.
Também estão sendo cumpridos outros 10 mandados de prisão preventiva, 14 conduções coercitivas e 40 mandados de busca e apreensão em 4 estados, além do Distrito Federal.
Essa operação apura também o pagamento de propina, como a Lava Jato, mas não tem relação com o esquema de corrupção na Petrobras.
Esse desvio teria sido feito em contratos com o Ministério do Planejamento. 
Eles (Polícia Federal) dizem que, entre 2010 e 2015 foi contratada uma empresa de informática que fazia empréstimos consignados, para servidores do Ministério do Planejamento, que era de onde saía a propina recebida pelo ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que também foi ministro das comunicações.

Entenda mais sobre essa operação

Essa operação é baseada na delação premiada de Alexandre Romero, advogado e ex-vereador eleito pelo PT (Partido dos Trabalhadores), no município de Americana no interior de São Paulo. Ele foi preso na 18ª  fase da operação Lava Jato que foi chamada de Pixuleco II.
Além da prisão de Paulo Bernardo, outros mandados foram expedidos para:
  • Daisson Silva PortaNova, preso no Rio Grande do Sul;
  • Nelson Luis Oliveira Freitas, ex-integrante do Ministério do Planejamento;
  • Paulo Ferreira, ex- tesoureiro do PT e marido da ex-ministra Teresa Campelo (combate à fome), considerado foragido por não ter sido encontrado no endereço informado. Entretanto, o mesmo falou para alguns jornalistas que ninguém o procurou em Brasília.
  • João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT que já está preso pela operação Lava Jato, em Curitiba.
  • Valter Correira da Silva, ex-integrante do Ministério do Planejamento e, atualmente, Secretário de Gestão da prefeitura de São Paulo.
Foram duas conduções coercitivas em Brasília, uma do jornalista Leonardo Attuch, e outra de Carlos Gabos. No caso de Carlos, ex-ministro da Previdência, o juiz até determinou que houvesse uma condução coercitiva, mas disse que se Gabos não quisesse falar nada, não teria problema.
Não podemos deixar de esclarecer que, nem todos os mandados de prisão, de busca e apreensão e condição coercitiva foram cumpridos, com isso, a PF deve divulgar mais informações nos próximos dias.