Choremos por Cláudia Cruz, a moça dos olhos esbugalhados, cintilantes como uma peça de safira, que assistiu ontem à traição colegiada ao seu marido?
Como terá acordado a mulher de olhos claros, que tanto encantaram, certamente, o ex-homem forte da República?
O político que se associara a Lula, ao PT, prestara, certamente, belos serviços ao partido dos trabalhadores, e cuja ascensão não mais podia ser contida?
Ela que, com Eduardo Cunha, presidindo a Câmara dos Deputados, se preparava à condição de primeira-dama do país, sonhara que os tempos de poder seriam eternos, pelo menos enquanto durassem?
Ela que viera do anonimato, passara, como âncora, por emissoras menores de TV, até ingressar na Vênus Platinada?
Cláudia Cruz, por mais que venha a exibir, e pode, as grifes mais caras do mundo, não deve descartar a prisão do homem que tudo lhe deu, inclusive amor derramado, certamente.
Ah, mundo, ah, quimeras, ah, naufrágio cruel das ilusões perdidas no barco perverso da vida.
ps – no passado trabalhamos numa mesma emissora de tv, e tenho dela, à época, boa memória.
Revisitando - 13/07/2016
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